sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Atração internacional encerra festival de dança em Goiânia
Os suíços da Companhia Linga encerram a programação do Paralelo 16 – Mostra Internacional de Dança, com apresentação de No.thing, sábado e domingo, no Teatro Madre Esperança Garrido. Nas duas noites, quem abre a programação é a intérprete-criadora Paula Águas (RJ), com os solos Caminho aberto (sábado) e Qual é a música? (domingo). O Paralelo 16 é uma realização da Associação Quasares, com patrocínio da Caixa Econômica Federal, Ministério do Turismo e Unimed-Goiânia.
No.thing traz uma dança “física, intensa e ponderosa” como descreve o coreógrafo e diretor artístico Marco Cantalupo. O espetáculo explora questões relacionadas ao desejo por nada, delineando espaços onde “nada pode, na verdade, ser tudo”, diz Cantalupo. Esta é a segunda vez que a companhia se apresenta no Brasil, a primeira foi na Bienal de Dança do Ceará, quando estabeleceu contatos com a dança promovida em Goiás, ao conhecer o trabalho da Quasar Cia de Dança. Criada em 1999, na cidade de Pully, na Suíça, a Linga vem tratando questões sociopolíticas em seu repertório. A conexão entre a Dança e fenômenos sociais também pode ser vista em trabalhos como With Go! (2004), La Kitchen (2006) e no divertido Emballe-moi (2005).
No sábado, a carioca Paula Águas, intérprete-criadora e ex-bailarina da Quasar Cia de Dança, apresenta Caminho aberto coreografado por Mario Nascimento. O ponto de partida da concepção do solo é o questionamento acerca da essência do movimento na dança: será que ele começa dentro ou fora do corpo e como ele se sustenta? Já em Qual é a música?, coreografia criada pela própria intérprete, sob direção de Mariana Lobato, Paula Águas diverte o público que interage com o espetáculo escolhendo a trilha sonora e interferindo na dinâmica do solo. Obra aberta, cada apresentação é diferente onde quer que a bailarina se apresente porque o público é sempre renovado. É de forma descontraída que Qual é a música? Questiona como o corpo pode ser manipulado através de estímulos externos.
Debate
Em sua terceira edição, o Paralelo 16 vem se consolidando como ação cultural articulada com segmentos da sociedade que atuam no fomento do turismo em Goiás. “O festival vem amadurecendo a medida que cumpre suas metas artísticas e que estabelece diálogos com atividades socioeconômicas”, comenta a Diretora Geral e curadora do festival, Vera Bicalho. Para tanto, o evento conta com o apoio de entidades como o Goiânia Convention Bureau e a Abrasel-GO. Mais essa conexão da Dança é tema da mesa redonda“Políticas e gestão para o turismo cultural”, às 17h, no Espaço Quasar.
Serviço:
27/02 (sábado)
Mesa redonda: “Políticas e gestão para o turismo cultural” Espaço Quasar – 17h
Espetáculo: Caminho aberto Paula Águas (RJ) Teatro Madre Esperança Garrido – 20h
Espetáculo: no.thing Compagnie Linga (Suíça) Teatro Madre Esperança Garrido – 20h30
28/02 (domingo)
Espetáculo: Qual é a música? Paula Águas (RJ) Teatro Madre Esperança Garrido – 20h
Espetáculo: no.thing Compagnie Linga (Suíça) Teatro Madre Esperança Garrido – 20h30
Assessoria de comunicação: Larissa Mundim (zeroum comunicação – 9968 1658)
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Grupo mineiro é atração de amanhã no Paralelo 16
O Corpo é a mídia da dança? do trio mineiro Lakka é a principal atração do Paralelo 16 – Mostra Internacional de Dança, amanhã (26/02), no Teatro Madre Esperança Garrido (Teatro Santo Agostinho). A Contato Cia de Dança (GO) também integra o programa do festival que segue até domingo, com a Cia Linga (Suíça). O Paralelo 16 é uma realização da Associação Quasares, com patrocínio da Caixa Econômica Federal, Ministério do Turismo e Unimed-Goiânia.
A concepção do trabalho de Vanilton Lakka, Chiquinho da Costa e Rafael Guarato tem base em questões próprias da arte-tecnologia. O ponto de partida dos intérpretes-criadores foi a reflexão acerca de suportes possíveis para a Dança. O Corpo é a mídia da dança? é parte de um projeto de pesquisa realizado em cinco partes, que investiga a criação, análise e composição de movimentos em diversas mídias, como o corpo, o telefone, a internet, entre outros. Veja: (www.lakka.com.br/midiadadanca
Como intérprete-criador, Vanilton Lakka é premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (2005). O mineiro co-fundou, em 1997, o Grupo Werther - Pesquisa de Dança. Em 2003, recebeu o prêmio Estimulo Dança Profissional no XVI Festival de Dança do Triângulo, e também ocupou a função de pesquisador-criador-intérprete residente do Território Minas, programa do FID (Fórum Internacional de Dança), realizando pesquisa sobre o conceito “Mídia Corporal”.
Seus últimos trabalhos Dúbbio, Você, Um Imóvel Corpo Acelerado, De....va..gar: últimos Capítulos da Cultura Nacional, O Corpo é a Mídia da Dança?, Interferência Inacabada...preste atenção no ruído ao fundo e Outras partes foram apresentados nos principais festivais de dança contemporânea do país como o FID — Fórum Internacional de Dança (DF), Novadança (DF), Masculino na Dança (SP), Panorama SESI de Dança e o Rumos da Dança Itaú Cultural, Bienal Internacional de Dança do Ceará, entre outros na Venezuela, Uruguai, Equador, Peru e Bolívia.
O programa da noite de amanhã será aberto pela Contato Cia de Dança (GO), que mostra ao público o resultado de sua pesquisa mais recente, materializada em Autêntico. O espetáculo discute o direito e a beleza da diversidade e se vale da oportunidade para exercitar a crítica social no palco “à medida que o público observa o movimento de corpos tão diferentes que dançam às vezes de forma tão homogênea e às vezes de forma tão individual”, ressalta a coreógrafa Janaína Romão.
Serviço:
26/02 (sexta)
Autêntico - Contato Cia de Dança (GO) l 20h
O Corpo é a mídia da dança? - Lakka (MG) l 21h15
Teatro Madre Esperança Garrido (Colégio Santo Agostinho)
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Mudança na ordem das apresentações desta 4ª feira - 24/02
No programa normal o Grupo Nômades, de Goiânia, abriria a noite, com o espetáculo "'Última Gota", seguido da apresentação da Focus Cia de Dança, do Rio de Janeiro. Porém, por razões técnicas de mudanças de cenário e afinação de instrumentos, esta ordem foi alterada.
Agora quem abre a noite desta 4ª feira (24/02), no Paralelo 16, é a Focus Cia de Dança, com os espetáculos "Pathways", "Um a Um", e "Strong Strings". Em seguida o público aprecia o espetáculo do Nômades.
O evento tem início às 20h.
Teatro Madre Esperança Garrido (Colégio Santo Agostinho)
ingressos à venda na bilheteria do Teatro.
Inteira: R$ 10,00
Meia-entrada: R$ 5,00
Mais informações: (62) 3223 - 1328
Lakka ministra oficina de dança no Espaço Quasar
As conexões entre Dança de Rua e Dança Contemporânea orientam o conteúdo da oficina do intérprete-criador Vanilton Lakka, que começa nesta quinta (25/02), às 19 horas, no Espaço Quasar. A atividade gratuita integra a programação do Paralelo 16 – Mostra Internacional de Dança, realizada pela Associação Quasares, com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, Ministério do Turismo e Unimed-Goiânia.
A organização do Paralelo 16 informa que as inscrições foram realizadas antes do início do evento e, rapidamente, todas as vagas foram preenchidas.
O público-alvo da oficina são bailarinos e bailarinas, b-boys e b-girls com formação intermediária em dança. “Isso só demonstra que a cena da Dança em Goiânia está articulada e ávida por oportunidades”, ressalta a diretora geral do festival, Vera Bicalho. Vanilton Lakka é diretor artistico da Lakka Cia de Dança que se apresenta no Paralelo 16, na sexta-feira. Premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (2005), o mineiro co-fundou, em 1997, o Grupo Werther - Pesquisa de Dança.
Em 2003, recebeu o prêmio Estimulo Dança Profissional no XVI Festival de Dança do Triângulo, e também ocupou a função de pesquisador-criador-intérprete residente do Território Minas, programa do FID (Fórum Internacional de Dança), realizando pesquisa sobre o conceito “Mídia Corporal”. Seus últimos trabalhos Dúbbio, Você, Um Imóvel Corpo Acelerado, De....va..gar: últimos Capítulos da Cultura Nacional, O Corpo é a Mídia da Dança?, Interferência Inacabada...preste atenção no ruído ao fundo e Outras partes foram apresentados nos principais festivais de dança contemporânea do país como o FID — Fórum Internacional de Dança (DF), Novadança (DF), Masculino na Dança (SP), Panorama SESI de Dança e o Rumos da Dança Itaú Cultural, Bienal Internacional de Dança do Ceará, entre outros. Apresentou-se em 2006 no In Transit, em Berlim, como parte da programação da Copa Cultural. Em 2007, indicado pela Red Sudamericana de Danza, como o objetivo de estimular a dança na América do Sul, apresentou-se e ministrou oficinas de técnica e composição em festivais internacionais nos seguintes países: Venezuela, Uruguai, Equador, Peru e Bolívia.
Espetáculos
Na sexta-feira (26/02), a programação do Paralelo 16 prevê a performance da Contato Cia de Dança (GO), com o espetáculo Autêntico, às 20h, no Teatro Madre Esperança Garrido (Colégio Santo Agostinho).
No mesmo local, às 21h15, começa O Corpo é a mídia da dança? Vanilton Lakka apresenta seu trabalho artistico com O Corpo é a mídia da dança?
Serviço: Oficina Conexões entre Dança de Rua e Dança Contemporânea
25/fev (quinta)– 19h às 21h e 27/fev (sábado) - 14h às 16h
Espaço Quasar (Rua T-28, 729 – Setor Bueno).
Fone: 3251 5580
Assessoria de comunicação: Larissa Mundim (zeroum comunicação) – 9968 1658
Focus Cia de Dança estréia para o público goiano
Fechando a noite de performances, o público vai conhecer o novo trabalho do Nômades Grupo de Dança, Última Gota.
O Paralelo 16 é uma realização da Associação Quasares e conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, Ministério do Turismo e Unimed-Goiânia.
Pathways, Um a um, Strong Strings apresentam ao público goiano um pouco do trabalho desta promissora companhia de dança carioca que surge ancorada na singularidade da linguagem criada pelo coreógrafo Alex Neoral.
“Uma oportunidade de acessar a experiência de um grupo que tem carreira recente e que vem encontrando formas de sustentabilidade pelo talento e pela profissionalização”, comenta a curadora e diretora geral do Paralelo 16, Vera Bicalho.
Na série de duos Um a um a Focus Cia de Dança traz a pesquisa que tem base nas possibilidades de movimento existentes no cantato entre dois corpos. Strong Strings discute o corpo que é afetado diretamente pelas informações que nos cercam. Informações rápidas, imediatas, nervosas, que estimulam e definem movimentos.
Pathways se estrutura pela união de trechos de trabalhos anteriores da cia como: Intercessão (2000), Por partes (2002), Quase Uma (2005), B- 612 - o essencial é invisível aos olhos (2008) e Trilhas (2008).
Segundo o coreógrafo, o desafio da obra foi unificar partes distintas, que se diferem tanto pelo tempo que foram criadas como nas propostas oferecidas como estímulo, em um único assunto que se articula na cena. O enredo do Última gota do Nômades Grupo de Dança tem como base o intervalo.
Tudo aquilo que habita o “entre” e cria diversas situações em que somente a estafa desencadeia um novo ciclo e novas perspectivas. O espetáculo preserva a linha de pesquisa do grupo, baseada na percepção e reflexão de temas contemporâneos, questionando com amplitude a complexa rede de relações da sociedade.
O Nômades Grupo de Dança iniciou suas atividades em 2002 como Núcleo Experimental de Dança no Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás (CEFET-GO) e atua como núcleo independente desde 2004. Sob a direção artística de Cristiane Santos, desde então vem buscando espaço nos circuitos de dança instalados no Estado e, em 2009, iniciou sua incursão por festivais realizados em outros Estados.
Serviço: 24/02 (quarta)
Espetáculos: Pathways, Um a um, Strong Strings (fragmentos) Focus Cia de Dança (RJ) – 20h
Espetáculo: Última gota Nômades Grupo de Dança (GO) – 21h15
Teatro Madre Esperança Garrido Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia entrada)
Paralelo 16 começa com novo espetáculo da Quasar Cia de Dança (GO)
O novo trabalho da Quasar Cia de Dança, Céu na Boca, propõe um diálogo entre o paraíso que desejamos e a realidade que nos é oferecida. O espetáculo que abre a programação do Paralelo 16 – Mostra Internacional de Dança tem a sofisticação de movimentos já característica da companhia goiana nacionalmente reconhecida, mas traz inovações no estilo criado pelo coreógrafo Henrique Rodovalho. O Paralelo 16 é uma realização da Associação Quasares e conta com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, Ministério do Turismo e Unimed-Goiânia.
O ponto de partida para a concepção do vigésimo segundo espetáculo da Quasar Cia de Dança foi a curiosidade pelas leis físicas e teorias do universo. Henrique Rodovalho conta que explosões estelares, buracos negros e movimentos gravitacionais serviram como alegorias no processo inicial de criação. “Isso foi só o ponto de partida, porque o que mais interessava era colocar este contexto na construção de uma narrativa maior”, conta o coreógrafo.
Ao longo de dois meses de trabalho, a narrativa desenvolveu-se de forma não-linear desencadeando ações, reações e relações impregnadas de ironia, desejo, frustração, humor. Segundo Rodovalho, Céu na Boca transita entre a densidade e a leveza: “Existe uma constatação de que os desencantos são parte da vida e que devemos tirar proveito disso”, revela o coreógrafo.
A reflexão faz uma breve alusão a outro espetáculo da Quasar Cia de Dança, Por instantes de felicidade (2008), que constata que a felicidade não é propriedade do ser humano. “Mais do que no espetáculo anterior, em Céu na Boca a tentativa de busca por instantes de felicidade se faz necessária — ela acontece”, diz.
Metáforas e antíteses pontuam a discussão ao longo do espetáculo. O céu é o ideal inatingível e a boca, a realidade palpável. A dualidade aparece também na movimentação que vai de intensa a ausente. “Em alguns momentos as sutilezas são maiores e temos o movimento mais pensado do que executado”, comenta o coreógrafo. Quem acompanha a trajetória da companhia poderá perceber nuances da transformação do estilo fragmentado de movimentação, desenvolvido pelo grupo goiano que influencia intérpretes e que instiga pesquisadores da Dança, em todo o mundo.
No palco de atmosfera onírica, a ausência opcional de cenário significa um território que pode ser qualquer lugar, transferindo para a iluminação a construção de tempo/espaço. Os oito bailarinos em cena não representam personagens, são pessoas envolvidas em buscas diversas. Para elas, o figurino de Cássio Brasil representa uma síntese da complexidade do indivíduo, com vários estilos e combinações, em tons sóbrios. Para a trilha sonora, Rodovalho elegeu, pela sonoridade capaz de criar ambientes atuais, músicas eletrônicas contemporâneas e instrumentais reproduzidas pelas big bands há mais de 50 anos em todo o mundo.
Serviço:
Data: 23 de fevereiro (terça – 20h)
Local: Teatro Madre Esperança Garrido (Teatro Santo Agostinho)
Ingressos: 10 reais e 5 reais (meia entrada).